11º ano


CESÁRIO VERDE



OS MAIAS 

de Eça de Queirós

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Para acompanhar a leitura de OS MAIAS, aqui ficam os seguintes recursos com o nosso agradecimento aos respetivos autores. 

Sobre a obra...

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Crónica social em Os Maias de Eça de Queirós



Através de "Os Maias", é possível retratar a "miséria portuguesa" dos finais do século XIX.

De facto, o subtítulo "Episódios da Vida Romântica" remete para uma crónica social que descreve os ambientes da alta sociedade lisboeta, sob a forma de caricatura, focalizada pela visão de Carlos e completada pela visão de Craft e Ega.

Assim, no "Episódio do Jantar no Hotel Central", desfilam as principais figuras e problemas da vida política, social e cultural. Através de uma estratégia naturalista, critica-se Portugal, personagem coletiva, representada pelas várias personagens que percorrem o romance. São ainda postos em confronto o ultrarromantismo e o naturalismo, representados por Alencar e Ega, respetivamente. Assim, pode-se constatar ainda uma censura à crítica literária em Portugal, que é feita à base de ataques pessoais e de agressões físicas.

No "Episódio da Corrida de Cavalos", desmascara-se a aparência e o verniz postiço de uma sociedade que se pretende cosmopolita e civilizada. De facto, faz-se uma crítica ao provincianismo da capital que pretende imitar o "chic" do "lá fora".

No "Episódio do Sarau no Teatro da Trindade", as críticas incidem sobre a superficialidade e a ignorância da classe dirigente, a verborreia da oratória política e a poesia ultrarromântica, mascarada de conotações sociais.

Além disso, denuncia-se ainda o jornalismo incompetente e venal (episódio do jornal "A Tarde"), a política económico-financeira ruinosa, que arrastava Portugal para a bancarrota, e a educação tradicional portuguesa, representada por Pedro da Maia e Eusebiozinho.

Em conclusão, podemos dizer que, aliada à história de uma família que percorre três gerações, surge-nos a caracterização de uma sociedade decadente, que se irá refletir, forçosamente, no destino da família Maia.


                                                                                                                         LÚCIA VAZ PEDRO *
                                                                                                                         in Jornal de Notícias 

                                                                                                                              29 Março 2015 


* Professora de Português e formadora para a área da língua portuguesa

http://www.jn.pt/artes/dossiers/portugues-atual/interior/cronica-social-em-os-maias-de-eca-de-queiros-4481986.html


Teste de Verificação de Leitura


Escolha a opção correcta:
1 - O título - Os Maias - liga-se à história trágica que serve de pretexto para o desenvolvimento da comédia de costumes que o subtítulo
A) Episódios da Vida Romântica - sugere.
B) Episódios da Vida - sugere.
C) Episódios da Vida de Carlos da Maia - sugere.
2 - Na obra temos a história de uma família lisboeta, representante da alta burguesia (num conjunto de três gerações sucessivas). A primeira geração é representada por
A) Pedro da Maia/ Maria Monforte.
B) Afonso da Maia/ Maria Eduarda Runa
C) Carlos da Maia/ Maria Eduarda da Maia
3 - O início do romance situa-nos em 1875, no Outono. Estamos, por isso, na 3.ª geração, na história de Carlos. Apercebemo-nos, no entanto, que será necessário recuar no tempo para encontrar explicações para alguns factos do presente. Assim, surgem
A) as analepses
B) as prolepses
C) as reduções temporais
4 - A pergunta de Carlos "Onde nasceste tu, por fim?" provoca uma nova analepse sobre factos que, apesar de integrados, em termos temporais, na anterior, tinham sido "esquecidos" e que só agora são explicados. Assim, num misto de discurso indirecto livre e de discurso directo, ficamos a conhecer os pormenores do passado de Maria Eduarda, contados
A) por Vilaça
B) por Ega
C) pela própria personagem
5 - O período compreendido entre 1820 e 1875 foi sujeito a anisocronias (o tempo narrativo é menor do que o tempo da história), conseguidas através do recurso a resumos e a elipses. Estas constituem a omissão de alguns factos ou mesmo de alguns períodos da história. Exemplo:
A) "Seu pai morreu de súbito, ele teve de regressar a Lisboa. Foi então que conheceu D. Maria Eduarda Runa, filha do conde de Runa, uma linda morena, mimosa e um pouco adoentada. Ao fim do luto casou com ela. Teve um filho, desejou outros; e começou logo, com belas ideias de patriarca moço, a fazer obras no palacete de Benfica, a plantar em redor arvoredos, preparando tectos e sombras à descendência amada que Ihe encantaria a velhice." [...]
B) "Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olávia. Depois uma manhã de Julho, em Coimbra…" [...]
C) "Sintra, de repente, pareceu-lhe intoleravelmente deserta e triste…" [...]
6 - A época da Regeneração e a alta sociedade lisboeta aparecem-nos retratadas ao longo desta obra por meio de cenários onde se movem determinadas personagens que foram esvaziadas de traços individualizantes para melhor representarem os bons e os maus hábitos, as qualidades e os defeitos, as mentalidades retrógradas ou progressistas de certo grupo social, profissional ou cultural.
Destes ambientes devemos destacar (pelo pormenor da descrição, pela ironia fina ou sátira directa, pela cor epocal transmitida):
A) O jantar no Hotel Central: contacto de Carlos com a sociedade de elite, a crítica literária e a literatura, a situação financeira do país e a mentalidade limitada e retrógrada.
B) As corridas de cavalos: a educação das mulheres em duas concepções opostas e a superficialidade das opiniões de Sousa Neto, o representante da administração pública
C) O jantar em casa do Conde de Gouvarinho:o desejo de imitar o que se faz no estrangeiro e o provincianismo do acontecimento
7 - A época da Regeneração e a alta sociedade lisboeta aparecem-nos retratadas ao longo desta obra por meio de cenários onde se movem determinadas personagens que foram esvaziadas de traços individualizantes para melhor representarem os bons e os maus hábitos, as qualidades e os defeitos, as mentalidades retrógradas ou progressistas de certo grupo social, profissional ou cultural.
Destes ambientes devemos destacar (pelo pormenor da descrição, pela ironia fina ou sátira directa, pela cor epocal transmitida):
A) O jantar em casa do Conde de Gouvarinho: a superficialidade dos temas de conversa, a insensibilidade artística, a ignorância dos dirigentes, a oratória oca dos políticos e os excessos do Ultra-Romantismo.
B) O episódio na redacção do jornal "A TARDE": a parcialidade do jornalismo da época.
C) O sarau literário do Teatro da Trindade: a educação das mulheres em duas concepções opostas e a superficialidade das opiniões de Sousa Neto, o representante da administração pública.
8 - 8. Quando Carlos regressa ao Ramalhete, após o incesto consciente, mostra-nos "o avô em mangas de camisa, lívido, mudo, grande, espectral". Na mesma altura, no Ramalhete,
A) "o alto repuxo cantava".
B) a Natureza manifesta o seu pesar: "Rosas de Inverno esfolhavam-se num vaso do Japão".
C) "a luz sobre o veludo espalhava um tom de sangue".
9 - Afonso da Maia
A) “Era em tudo um fraco; e esse abatimento contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho. O seu único sentimento vivo, intenso, até aí, fora a paixão pela mãe.”
B) "Era decerto um formoso e magnífico moço, alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mármore sob os anéis dos cabelos pretos, e os olhos dos Maias, aqueles irresistíveis olhos do pai, de um negro líquido, ternos como os dele e mais graves. Trazia a barba toda, muito fina, castanho-escura, rente na face, aguçada no queixo - o que Ihe dava, com o bonito bigode arqueado aos cantos da boca, uma fisionomia de belo cavaleiro da Renascença."
C) “era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quase vermelha, o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa - lembrava, como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heróicas, um D. Duarte de Meneses ou um Afonso de Albuquerque. E isto fazia sorrir o velho, recordar ao neto, gracejando, quanto as aparências iludem!”
10 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Alencar
A) é identificado claramente com o Ultra-Romantismo, na aparência, no modo de vestir…
B) na parte final da obra, assume papel importante na intriga: toma conhecimento da verdadeira identidade de Maria Eduarda e a sua presença passa a marcar os principais acontecimentos daí em diante.
C) é a projecção de Eça de Queirós
11 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… João da Ega
A) considerava que as senhoras podiam ler a literatura romântica sem terem necessidade de corar de vergonha; por outro lado, considerava que dentro da cabeça dos realistas só existia "excremento, vómito, pus, matéria verde".
B) é o defensor das ideias do Realismo, pensador, literato, excêntrico, cínico, inteligente, audacioso, demagogo, dândi e ateu…
C) apresentava "voz arrastada, cavernosa, ateatrada".
12 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Sousa Neto
A) "lamentava que os seus muitos deveres não Ihe permitissem percorrer a Europa. Em pequeno fora esse o seu ideal; mas agora com tantas preocupações políticas [...]".
B) é "um diabo adoidado, maestro, pianista, com uma pontinha de génio".
C) "tem viajado por todo o Universo, colecciona obras de arte, bateu-se como voluntário na Abissínia e em Marrocos, enfim, vive, vive na grande, na forte, na heróica acepção da palavra."
13 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Cruges
A) é "filho de um clergyman da igreja inglesa do Porto".
B) é "um diabo adoidado, maestro, pianista, com uma pontinha de génio".
C) "considerava Lisboa chinfrim e só estava bem em Paris - sobretudo por causa do género fêmea de que em Lisboa se passava fomes: ainda que nesse ponto a Providência não o tratava mal.".
14 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Dâmaso Salcede
A) é um snob, servil, pouco inteligente e cobarde, congrega em si os vícios da sociedade ("de charuto na boca (...) percorria o Figaro").
B) é o inglês rico, culto e boémio ("dá largas ao seu temperamento byroniano").
C) "além de muito maçador e muito pequinhento, não tinha nada de cavalheiro."
15 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Palma "Cavalão"
A) é redactor da "Corneta do Diabo" e jornalista corrupto ("O artigo fora-lhe, simplesmente, encomendado e pago. No terreno do dinheiro vence sempre quem tem mais dinheiro.").
B) é conde, ministro da Finlândia e diplomata ("complicou esta simples transacção com tantas finuras diplomáticas, tantos documentos, tantas coisas com o selo real da Finlândia…").
C) é judeu banqueiro, director do Banco Nacional e homem influente ("o respeitado director do Banco Nacional, o marido da divina Raquel, o dono dessa hospitaleira casa da Rua do Ferregial onde se jantava tão bem.").
16 - Carlos recebeu uma educação
A) cosmopolita
B) inglesa.
C) portuguesa.
17 - Carlos e Ega chegam ao Teatro da Trindade, onde Rufino faz um discurso cheio de retórica. Rufino é
A) “um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pêra», com um «vozeirão túmido, garganteado, citadino, de vogais arrastadas em canto”.
B) “um bacharel sulista, muito trigueiro, de pêra», com um «vozeirão túmido, garganteado, citadino, de vogais arrastadas em canto”.
C) “um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pêra», com um «vozeirão túmido, garganteado, provinciano, de vogais arrastadas em canto”.
18 - "Ega sentara-se também no parapeito, ambos se esqueceram num silêncio. Em baixo o jardim, bem areado, limpo e frio na sua nudez de Inverno, tinha a melancolia de um retiro esquecido, que já ninguém ama: uma ferrugem verde, de humidade, cobria os grossos membros da Vénus Citereia; o cipreste e o cedro envelheciam juntos como dois amigos num ermo; e mais lento corria o prantozinho da cascata, esfiado, saudosamente, gota a gota, na bacia de mármore. Depois ao fundo, encaixilhada como uma tela marinha nas cantarias dos dois altos prédios, a curta paisagem do Ramalhete, um pedaço de Tejo e monte, tomava naquele fim de tarde um tom mais pensativo e triste: na tira de rio um paquete fechado, preparado para a vaga, ia descendo, desaparecendo logo, como já devorado pelo mar incerto; no alto da colina o moinho parara transido na larga friagem do ar; e nas janelas das casas, à beira da água, um raio de sol morria, lentamente sumido, esvaído na primeira cinza do crepúsculo, como um resto de esperança numa face que se anuvia.” […]
Eça de Queirós - Os Maias

Este excerto
A) situa-se no fim da obra (último capítulo), quando Carlos regressa da América, dez anos depois da morte do avô.
B) situa-se no fim da obra (último capítulo), quando Carlos regressa da Europa, dez anos depois da morte do avô.
C) situa-se no fim da obra (último capítulo), quando Carlos regressa da Europa, onze anos depois da morte do avô.
19 - O Realismo
A) baseia-se numa doutrina filosófica (já formulada na Idade Média) que procura representar o mundo exterior de uma forma fidedigna, sem interferência de reflexões intelectuais nem preconceitos, e voltada para a análise das condições políticas, económicas e sociais.
B) procura ver a realidade de forma objectiva e surge como reacção ao idealismo clássico, ou melhor, como afirma Gaëtan Picon, «sucede ao Classicismo como a análise à síntese, a exploração minuciosa à intuição global».
C) é um movimento artístico e cultural que surge no século XVIII, durante o neoclassicismo, e dura até meados do século XIX. Desde cedo se revela como um novo modo de vida e maneira de sentir e de pensar.
20 - O Naturalismo
A) apresenta-se estimulado pela incessante busca do absoluto e do belo, pela escuta e vivência em contacto com as «vozes da Natureza» selvagem e grandiosa, pela concepção da «paixão sagrada» e sem limites, pela idealização do povo sublime em revolta contra os poderosos e opressores. O Naturalismo cria assim uma concepção idealista da vida e da estética, numa atitude de constante desprezo e rebeldia face às normas estabelecidas.
B) aparece como reacção do espírito nacional à tentativa de hegemonia do poder napoleónico. Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal despertam para os seus valores nacionais e procuram a total liberdade: política, religiosa, cultural e literária.
C) é um concepção filosófica que considera a Natureza como única realidade existente, recusando explicações que transcendam as ciências naturais.







AMOR DE PERDIÇÃO  

de Camilo Castelo Branco



Texto completo da obra AMOR DE PERDIÇÃO de Camilo Castelo Branco



Amor de Perdição de Camilo Castelo-Branco de Camilo Castelo Branco



Questionário sobre a obra AMOR DE PERDIÇÃO



Consulte o texto e responda às questões que se seguem.


Capítulo III

1. Refira o tipo de relação que começou entre Rita, a irmã de Simão, e Teresa.
2. Mencione o propósito do pai de Teresa face ao seu futuro. 
3. Explique a última frase deste capítulo.


Capítulo IV

1. Mencione o acontecimento que quebrou a relativa paz de Teresa.
2. Ao receber a carta de Teresa, Simão Tomou uma decisão. Refira-a, fundamentando-a com uma frase do texto.
3. Explique a expressão: "Não há baliza racional para as belas, nem para as honrosas ilusões, quando o amor as inventa" (último parágrafo do capítulo).


Capítulo V

1. Explique como decorreu o encontro noturno de Teresa com Simão, logo no início do capítulo.
2. Mostre como Mariana, a filha do ferreiro que alojou Simão, teve uma premonição funesta face a este último.
3. Indique quem procurou mandar matar Simão e de que modo o fez.


Capítulo VI 

1. Refira as implicações do discurso do ferreiro no penúltimo parágrafo do texto.
2. Explique que razões tinha Simão para se sentir arrependido por se ter ligado a esta personagem.


Capítulo VII

1. Exprima o significado da frase de Teresa ao dar entrada no convento de Monchique:
    "Estou mais livre que nunca. A liberdade de coração é tudo".
2. Caracterize o espaço social do convento, apresentando exemplos concretos.
3. Explique a intenção do autor ao retratar este ambiente.



Capítulo VIII

1. Caracterize Mariana, através das suas atitudes ao longo deste capítulo.
2. No final do Capítulo VIII, o narrador tece considerações sobre o facto de Simão saber que despertou amor em Mariana. Comente-as. 


Capítulo XX e Conclusão

Considere as características das personagens, tal como o desenlace da obra  e, depois de ler o texto abaixo, (sobre as características do movimento Romântico na literatura) elabore um pequeno texto expositivo (de 80 a 100 palavras) onde apresente as razões pelas quais podemos considerar que a obra Amor de Perdição se inscreve neste movimento.






O QUE É O ROMANTISMO?


Uma característica que distingue o escritor romântico dos escritores de outras épocas é o gosto pela confissão plena dos sentimentos e emoções que agitam seu íntimo, numa atitude individualista e profundamente pessoal, que recusa o controle da razão. É o triunfo da paixão e da sensibilidade.

O triunfo da paixão
As primeiras manifestações do Romantismo surgiram por volta da metade do século XVIII, na Escócia e na Inglaterra, quando alguns escritores passaram a falar da natureza e do amor num tom bem pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma forma de desabafo sentimental.  Além disso, voltaram-se para os tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, numa reação à cultura aristocrática que ainda vigorava.
Os escritores românticos abandonaram o tom solene e as rígidas regras de composição poética, adotando um estilo mais simples e comunicativo.  Os poetas criaram novos ritmos e variaram as formas métricas.  Essa liberdade de expressão, aliás, é uma das características principais do Romantismo e constitui um aspecto importante para a revitalização da literatura ocidental.

Duas revoluções que influenciaram a arte
Dois factos importantes da história europeia marcaram o período em que se desenvolveu o Romantismo: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.  Juntas, provocaram o fim do absolutismo na Europa e incentivaram a livre iniciativa, o individualismo económico e o liberalismo político, estimulando também o nacionalismo.  Esse clima de liberdade e renovação marcou profundamente a literatura da época.
Victor Hugo (1802-1885), poeta e prosador do Romantismo francês, declarou: “A liberdade literária é filha da liberdade política.  Eis-nos libertos da velha forma social; e como não nos libertaríamos da velha forma poética?  A um povo novo, uma nova arte”.
Uma das consequências da difusão dos ideais de liberdade da Revolução Francesa e do avanço militar de Napoleão sobre a Península Ibérica foi o movimento de independência das colónias da Espanha e de Portugal na América, ocorrido no período de 1810 a 1828. Esses movimentos foram idealizados pelas elites locais e conduziram a regimes republicanos, com exceção do Brasil, que se tornou uma monarquia em 1822.

O ROMANTISMO EM PORTUGAL
O marco inicial do Romantismo português é a publicação, em Paris, do poema “Camões”, em 1825, em que o autor Almeida Garrett, faz uma espécie de biografia sentimental do famoso poeta-soldado.  Mas o Romantismo como movimento literário firma-se só a partir de 1836, com a criação da revista Panorama, na qual se publicam textos já claramente românticos de importantes escritores portugueses.
Os principais autores do Romantismo em Portugal são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco e Júlio Dinis.

Almeida Garrett
“Não sou clássico nem romântico!” Era assim que Garrett se definia.  Não escrevia conforme os padrões do Classicismo, tão pouco aceitava o rótulo de escritor romântico, isto é, absolutamente sentimental e egocêntrico.  De facto, a sua obra de poeta, prosador e dramaturgo não mostra os impulsos emocionais que caracterizam o típico escritor romântico.  Mas, de qualquer forma, Almeida Garrett teve um papel importante como introdutor das ideias do Romantismo em Portugal.
De sua obra, merecem destaque os livros de poesia Camões, Dona Branca e Folhas caídas, o romance Viagens na minha terra e a peça de teatro Frei Luís de Souza.

Frei Luís de Souza
A peça Frei Luís de Sousa gira em torno da trágica história de Manuel de Sousa Coutinho e Madalena de Vilhena.  O marido de Madalena, D. João de Portugal, é dado como morto na batalha de Alcácer-Quibir, na África.  Depois de algum tempo, Madalena casa-se com Manuel de Sousa Coutinho.
Passados muitos anos, porém, D. João retorna e se apresenta a Madalena disfarçado de romeiro.  Descoberta a verdade, Madalena e Manuel de Sousa Coutinho ficam angustiados, pois estão mergulhados na desonra e no pecado.  Desesperados, ingressam na vida religiosa e ele torna-se o frei Luís de Sousa.

Alexandre Herculano
Alexandre Herculano (1810-1877) escreveu prosa de ficção de fundo histórico:  O Bobo, cuja ação transcorre na época da instauração da monarquia portuguesa, em 1128; Monasticon, título geral que reúne dois romances de assunto monástico – Eurico, o presbítero e O monge de Cister. Deixou ainda Lendas e narrativas, episódios medievais a que juntou um de sua própria época – “O pároco da aldeia”.
A sua produção como poeta  possui um tom reflexivo que o afasta dos poetas tipicamente românticos, cuja característica principal é a expressão plena dos sentimentos e emoções.  Os seus poemas foram publicadas nos livros A voz do profeta e A harpa do crente.
Deixou também muitos ensaios e textos jornalísticos, além de uma coleção incompleta de documentos históricos medievais – a Portugaliae monumenta histórica.

Eurico, o presbítero
A ação do romance Eurico, o presbítero transcorre na época em que a Península Ibérica é invadida pelos árabes, no século VIII, antes da formação do reino português.  As lutas desse período turbulento servem de pano de fundo para a narração do destino de Eurico.
Apaixonado por Hermengarda, mas repelido pelo pai dela, Eurico, desesperado, refugia-se na vida sacerdotal, curando afogar sua frustração amorosa.  A invasão dos árabes, porém, desperta-o de seu retiro e inflama-o
Disfarçado de um misterioso cavaleiro negro, participa corajosamente das batalhas em defesa da Espanha, que, no entanto, não consegue resistir ao inimigo.  Mas o amor por Hermengarda estava apenas adormecido durante esse tempo e ressurge violentamente quando eles se reencontram.
A situação de Eurico – sacerdote obrigado ao celibato, portanto impedido de casar-se – impossibilita a união.  Desesperado, Eurico lança-se à luta, decidido a morrer.  Hermengarda enlouquece.

Camilo Castelo Branco
Camilo Castelo Branco (1825-1890) é considerado o criador da novela passional portuguesa, de que Amor de Perdição é o melhor exemplo.  De sua Grande produção ficcional, destacam-se as novelas:
  • Passionais: Amor de perdição, Carlota Ângela, Amor de salvação.
  • Satíricas: Coração, cabeça, estômago, A queda de um anjo.
  • De influência realista: Eusébio Macário, A corja, A brasileira de Prazins.

Amor de perdição
Simão e Teresa são vizinhos.  Ele tem 17 anos; ela, 15.  Apaixonam-se profundamente, mas suas famílias são inimigas e nunca permitiriam esse namoro.  Assim que ficam sabendo desse amor, as respectivas famílias tomam providências para afastá-los.  Simão é enviado para outra cidade e Teresa é constrangida a aceitar casamento com o primo Baltasar.
Como uma perfeita heroína romântica, ela se recusa a trair seu amor e prefere encerrar-se num convento.  Com a ajuda do ferreiro João da Cruz e de sua filha Mariana, Simão volta e, numa disputa com Baltasar, acaba matando o rapaz.  É preso e condenado à morte.  Enquanto Teresa padece no convento, Simão tem sua pena de morte transformada em exílio, devendo embarcar para a Índia, onde ficará dez anos.  Mariana, que o ama em segredo, resolve dedicar-se a ele até o fim da vida e o acompanha na viagem.

Fonte: http://www.almanaqueliterario.com/romantismo-em-portugal


As Categorias da narrativa em Amor de Perdição


II – FOCO NARRATIVO:



Escrita na terceira pessoa, esta obra caracteriza-se por ter um narrador onisciente, isto é, um narrador que desvenda o universo interior das personagens. O tipo de onisciência deste narrador pode ser classificado como onisciência intrusa, na medida em que ele não só revela, mas também comenta os sentimentos e comportamentos das personagens, deixando claro o seu ponto de vista a favor dos que amam e contra os que impedem a realização do amor.



III – TEMPO:


O tempo é cronológico, ocorrendo a ação narrativa nos primeiros anos do século XIX e culminando no ano de 1807, quando Simão é degredado para a Índia e morre alguns dias depois.
O tempo da narração, entretanto, é posterior ou da ação, uma vez que o narrador conta a história depois de ter lido o auto de degredo do protagonista, anos depois.

IV – ESPAÇO:

A primeira parte da obra focaliza Viseu (início do namoro até à morte de Baltasar Coutinho); a segunda o Porto (da morte de Baltasar até o desenlace com a morte de João da Cruz, Teresa, Simão e Mariana).

V – ESTRUTURA:

A obra é composta por vinte capítulos, uma introdução e uma conclusão.
Na introdução o pseudo-autor relata aos leitores que, ao folhear os antigos assentamentos no cartório das cadeias da Relação do Porto, se deparou com a história de Simão Botelho e de seu degredo. 
Na conclusão, revela que é filho de Manuel Botelho, portanto sobrinho de Simão Botelho.

VI – PERSONAGENS:

Simão Botelho - Inicialmente é apresentado como um jovem de temperamento sanguinário e violento. Perturbador da ordem para defender a plebe com quem convive e agitador na faculdade, onde luta de forma brutal pelas ideias jacobinistas, o seu caráter se transforma, e repentinamente, a partir do capítulo 2. É que conhecera e amara, durante os três meses em que esteve em Viseu, a vizinha Teresa. Ele com 17 anos, ela com 15, passam a viver desde então o amor romântico: um amor que redime os erros, que modifica as personalidades, que tem na pureza de intenções e na honestidade de princípios as suas principais virtudes. Aliás, são as virtudes que caracterizam os sentimentos de Simão, desde que experimenta este amor. Torna-se recatado, estudioso e até religioso, o que não o impede de sentir uma sede incontrolável de vingança, que resulta no assassinato do rival Baltasar Coutinho. Esse ato exemplifica a proximidade entre “o sentimento moral do crime” ou “o sentimento religioso do pecado” e a tentativa de consumação do amor. O modo como assume este crime, recusando-se a aceitar todas as tentativas de escamoteá-lo, feitas pelos amigos de seu pai, acaba de configurar o caráter passional do comportamento de Simão. Nem a possibilidade da forca e do degredo, nem as misérias sofridas no cárcere conseguem abater a firmeza, a dignidade, a obstinação que transformam Simão Botelho em símbolo heróico da resistência do individuo perante as vilezas da sociedade. Trata-se de um típico herói ultra-romântico, em outras palavras.

Teresa de Albuquerque - Protagonista, menina de 15 anos que se apaixona por Simão, também sai adquirindo densidade heróica ao longo da obra: firme e resoluta em seu amor, ela mantém-se inflexível perante os pedidos, as ameaças -e finalmente as atrocidades e violências cometidas pelo pai severa e autoritário, seja pata casá-la com o primo, seja para transformá-la em freira. Neste sentido, a obstinação que a caracteriza é a mesma presente em Simão, com a diferença de que nela o heroísmo consiste não em agir, mas em reagir. Isto por pertencer ao sexo feminino, símbolo da fragilidade e da passividade perante o caráter viril, másculo, quase selvagem do homem romântico. Na medida em que não faz o jogo do pai, dando a vida pelo sentimento que a possui, Teresa constitui uma heroína romântica típica, um exemplo da imagem da mulher-anjo que vigorou no Romantismo.

Mariana - Moça pobre e do campo, de olhos tristes e belos, tem sido considerada, algumas vezes, como a personagem mais romântica da história, porque o sentir a satisfaz, sem necessidade ao menos de esperança de concretizar-se a seu amar par Simão. Independente do amor entre Simão e Teresa, Mariana o ama e todo faz por ele: cuida de suas feridas, arruma-lhe dinheiro, é cúmplice da paixão proibida, abandona o pai para fazer-lhe companhia e prestar-lhe serviços na prisão e, finalmente, suicida-se após a morte de Simão. Estas atitudes - abnegadas, resignadas e totalmente desvinculadas de reciprocidade, fazem de Mariana uma personificação do espírito de sacrifício, o que torta a sua dimensão humana abstrata, pouco palpável.

Domingos Botelho e Tadeu de Albuquerque - Pai de Simão e o pai de Teresa são tão passionais, tão radicais em seu comportamento, quanto Simão e Teresa. Entretanto, ambos podem ser considerados simetricamente o oposto dos heróis, na medida em que representam a hipocrisia social, o apego egoísta e tirano à honra do sobrenome, aos brasões cuja fidalguia é ironicamente ridicularizada, desmoralizada pelo narrador. 

Baltasar Coutinho - O primo de Teresa assassinado por Simão acrescenta à vilania do tio, de quem se faz cúmplice, a dissimulação, o moralismo hipócrita e oportunista de um libertino de 30 anos, que covardemente encomenda a criados a morte de Simão. Em suma, nele se concentra toda perversidade, toda a prepotência dos fidalgos. Tal personagem constitui, o vilão da história.

João da Cruz - O pai de Mariana, destaca-se como personagem mais sensato, mais equilibrado, o único personagem que possui traços realistas, de Amor de Perdição. Ferreiro e transformado em assassino numa briga, João da Cruz consegue de Domingos Botelho, pai de Simão, a liberdade. Em nome dessa dívida de gratidão, torna-se protetor do herói com palavras sempre oportunas, lúcidas, estratégicas, e com atos corajosos e violentos, quando necessário. A sua linguagem é cheia de provérbios e ditados populares, a simplicidade de sua vida, somadas ao amor que dedica á filha, por quem vive, desfazem aos olhos do leitor os crimes que comete e os substituem por uma honradez, uma bondade inata. 

Documentário sobre a obra AMOR DE PERDIÇÃO 

http://ensina.rtp.pt/artigo/personagens_amor_de_perdicao/

Frei Luís de Sousa

de Almeida Garrett

Texto integral AQUI.



Peça de Teatro abaixo:



Grupo de Teatro Reticências da Escola Secundária Leal da Câmara


FREI LUIS DE SOUSA - Resumo do ACTO I


Cena I – monologo de Madalena

Madalena lê Os Lusíadas, no episódio de Inês de Castro. Compara-se Inês mas sente-se mais infeliz porque os terrores contínuos, os medos não a deixam viver um único instante de felicidade, nem sequer breve… A linguagem e emotiva.

Cena II – Madalena e Telmo

Telmo conversa com Madalena e aflige-a com recordações do passado. Nesta cena, todas as personagens são apresentadas:
  • Manuel de Sousa surge desvalorizado em relação a D. João de Portugal.
  • Maria é sempre caracterizada positivamente – curiosa, compreende tudo, formosa, bondosa, viveza de espírito.
  • Telmo – escudeiro valido e fiel, familiar quase parente… Cheio de agoiros e pressentimentos.

Estrutura-se, nesta cena, uma analepse, onde as personagens recuam 21 anos – batalha de Alcácer Quibir (1578), mais sete anos de busca (1585) -  2º casamento de Madalena, nascimento de Maria mais um ano (15999 – presente da acção.

Telmo confessa-se um crente no regresso de D. João e justifica a sua credulidade pelas palavras de uma carta escrita por d. João, onde esta garantia que “vivo ou morto” haveria de voltar.

Madalena pede a Telmo que não fale a Maria em assuntos relacionados com a batalha e D. Sebastião… e ele promete que o fará.

Madalena está preocupada com a demora de Manuel de Sousa que foi a Lisboa, é tarde e não aparece. Pede a Telmo que vá saber noticias junto de frei Jorge.

Cena III – Madalena, Telmo e Maria

Maria evidencia a sua cultura e gosto pela leitura. Pede a Telmo o livro da ilha encoberta… mostra-se uma crente no sebastianismo.

Madalena tenta levar a filha a não acreditar nem em fantasmas nem em fantasias do povo.

Esboça-se um pequeno conflito de Maria com o pai e com a mãe, pois ambos não aceitam ouvir falar do regresso de D. Sebastião. Tal causa estranheza em Maria.



Cena IV – Madalena e Maria

Maria não consegue entender nem compreender a perturbação e preocupação dos pais com ela.

D. Madalena não pode relevar a causa das suas preocupações…

Sem querer, Maria martiriza a mãe, afirmando que lê nos olhos, nas estrelas e sabe muitas coisas, mostrando-se portadora de uma forte imaginação.

Madalena não responde às questões da filha e tenta desviar de Maria, pedindo-lhe que fale do seu jardim.
  • As flores simbolizam a brevidade da vida.
  • As flores de Maria murcharam. Não será um presságio da sua morte?

Cena V – Jorge, Madalena, Maria

Frei Jorge traz a noticia de que os governadores saíram de Lisboa e querem vir hospedar-se na casa de Manuel de Sousa, a noticia é dada progressivamente.
  • Maria e Madalena reagem de formas distintas: Maria mostra-se entusiasmada, dá largas à sua imaginação, idealismo e patriotismo; Madalena revela alguma ingenuidade, é individualista e não revela qualquer sentido patriótico

Novos sinais da doença de Maria: ouve a voz do pai e percebe que vem “afrontado”


Cena VI – Jorge, Madalena, Maria e Miranda

Miranda anuncia a chegada de Manuel de Sousa / confirmação dos sinais da doença de Maria.

Madalena e frei Jorge ficam preocupados e destacam a agudeza do ouvido de Maria. Chamam-lhe “Terrível sinal”.


Cena VII – Jorge, Madalena, Maria, Miranda, Manuel de Sousa

É noite fechada.

Manuel de Sousa entra num tom precipitado e agitado, dando ordens aos seus criados. Algo estranho se passa e Madalena preocupa-se.

Manuel de Sousa usa o seu latim nas suas falas – personagem culta = estatuto social elevado.

Manuel de Sousa confirma as notícias trazidas por frei Jorge na cena V e anuncia que é preciso saírem imediatamente daquela casa.

Face a este anúncio, Maria reage de forma eufórica, intensa e patriótica; Madalena fica assustada e tenta contrariar Manuel.


Cena VIII – Madalena e Manuel de Sousa

Nesta cena contrasta a linguagem serena e decidida de Manuel de Sousa com a linguagem emotiva, hesitante e assustada de madalena.

Manuel mostra-se um herói clássico, racional, o homem presente, o patriota, de consciência limpa, nada teme e para ele não há razões que justifiquem não mudar para o palácio que fora de D. João.

Madalena age pelo coração, é modelo da heroína romântica, assustada, ligada ao passado cheia de pressentimentos e crente que vai morrer, infeliz, naquela casa.

Manuel de Sousa tenta chamá-la à razão e pede-lhe que atente na sua condição social, o ajude e apoie neste momento tão decisivo da sua vida.


Cenas IX e X – Todos

Telmo informa que os governadores desembarcaram.

Manuel de Sousa apressa ainda a mais a saída da casa e a mudança para o palácio de D. João.

Manuel pede a frei Jorge e a Telmo que levem Maria e Madalena


Cena XI – Quase monólogo. Manuel de Sousa, Miranda e outros criados.

Manuel refere o acontecido com seu pai e põe a hipótese de lhe acontecer algo semelhante. É uma prolepse ou antecipação da desgraça que irá acontecer.

Manuel de Sousa mostra-se um homem de valores intensos. Para ele, nada perdura, tudo muda, a vida é uma constante e eterna mudança, tudo é aparência…

Cena XII – Manuel de Sousa e criados, Madalena, Maria, Telmo e Jorge

Concretiza-se o incêndio.

Na impossibilidade de salvar o palácio, Madalena pede desesperadamente que lhe salvem o retrato do seu actual marido / prolepse / antecipação da separação…

http://portefolioptpedrom.blogspot.pt/2011/02/frei-luis-de-sousa-acto-i.html


Os Maias


Serão aqui publicados os recursos destinados ao estudo autónomo dos alunos do 11º ano.

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Para uma verificação da leitura de OS MAIAS deixamos aqui 
este excelente recurso aberto, com os nossos agradecimentos 
à autora.

AQUI

Bom estudo!

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