quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Atos ilocutórios


pragmática

Disciplina da linguística que se dedica ao "estudo do uso da língua por oposição ao estudo do sistema da língua" (J. Moeshler e A. Reboul, 1994). A pragmática radica no princípio de que a interpretação de um enunciado não se pode fazer apenas baseado na informação linguística, uma vez que existe todo um conjunto de informações para-linguísticas, não linguísticas e contextuais que interferem e condicionam a produção e interpretação de cada enunciado. (...) Ao usarmos a língua convocamos naturalmente um conjunto de conhecimentos linguísticos, mas servimo-nos igualmente de um arsenal de conhecimentos extra-linguísticos que nos permitem adaptar aquilo que dizemos à situação em que nos encontramos, conhecimentos esses que podem ser culturais, sociológicos, psicológicos, ou influenciados por um conhecimento partilhado por locutor e interlocutor. São estes conhecimentos que nos permitem adequar a fórmula de tratamento o senhor ou o senhor doutor ao interlocutor consoante o seu estatuto social, que nos permitem identificar uma frase interrogativa como pergunta (Posso fumar?) ou como pedido (Podia trazer-me um cinzeiro?), que nos permitem identificar uma frase declarativa como convite (Está um belo dia para sair) ou como constatação (Está um belo dia de sol), ou que nos permitem reconhecer um agradecimento delicado (Muito obrigado. Nem sei como lhe agradecer tanta gentileza) de um agradecimento pouco polido (Obrigado e não volte!).

http://www.infopedia.pt/$pragmatica

Locutor   ------->   Enunciado ------->   Interlocutor




http://photos1.blogger.com/blogger/4926/734/1600/comunicaverbal1.jpg



Que atos de fala podemos realizar e qual o seu efeito no interlocutor?





Exemplos:  os atos locutórios dos exemplos que se seguem são ilocutórios, na medida em que o locutor tem uma determinada intenção e perlocutórios porque produzem no interlocutor um determinado resultado.


- Entra!
- Olá. Estás linda hoje! Não dormiste bem?


A força ilocutória do primeiro enunciado consiste na expressão de uma ordem / pedido "Entra".
A força perlocutória está no efeito produzido (a entrada do interlocutor).

A força ilocutória do segundo enunciado está no sentido apreciativo da expressão "Estás linda hoje" que é desmentido pelo enunciado seguinte "Não dormiste bem?". Este tem uma força perlocutória de sentido crítico, visando destacar o aspeto possivelmente cansado do interlocutor. Que efeitos pode produzir no interlocutor? A certeza de que apresenta sinais visíveis de cansaço e, portanto, algum desconforto. Assim, o enunciado "Estás linda hoje!" adquire um sentido irónico. 


http://quiosquedasletras.blogspot.pt/2011/11/atos-de-fala.html



Siga o seguinte percurso de aprendizagem:



1 - Visione a apresentação sobre os atos ilocutórios em: Português, 10º Ano: Atos ilocutórios (ppt)


2 - Abra a ficha-síntese sobre os atos ilocutórios.

3 - Realize os exercícios.

4 - Assinale abaixo os verbos perfomativos, assim chamados porque exprimem intenções que realizam atos ilocutórios. 


Ex. declarar, prometer, avisar, entre outros. 



http://quiosquedasletras.blogspot.pt/2011/11/atos-de-fala.htm


Outras fontes: 

http://linguatuga.home.sapo.pt/
http://portugues10ano.blogspot.pt/

sábado, 4 de outubro de 2014

Coesão Lexical e Referencial



PROCESSOS DE COESÃO

Uma das propriedades da textualidade é a da coesão, apoiada em marcas de conexão e em processos linguísticos verificáveis ao nível das sequências e da articulação de enunciados (onde cabem categorias como as de construção de referência; de mecanismos de substituição, de elipse, de articulação e de relação lexical), numa complexidade de ligações que sustenta a boa formação dos enunciados, dos discursos, dos textos.

Vítor Oliveira co-autor do manual Com Textos  
http://carruagem23.blogspot.pt/2010/12/coesao-entre-referencial-e-lexical.html











Enquanto a coesão lexical se obtém através de processos simples de substituição, de repetição e de omissão de um vocábulo ou expressão, a coesão referencial depende de processos gramaticais que envolvem a substituição de vocábulos por determinantes, pronomes e advérbios e a retoma de referentes através de anáforas lexicais e pronominais. 




Exercício: siga as cores e descubra, no texto da notícia abaixo, os co-referentes que asseguram a interligação dos termos ao longo do texto. Os processos de coesão são, neste excerto, sobretudo a SINONÍMIA, a ANÁFORA e a ELIPSE.   



Rodrigo Menezes, de 40 anos, foi encontrado morto em casa este sábado, avança a TVI. As circunstâncias em que se deu a morte do ator ainda não são conhecidas. Recorde-se que esta vedeta da TVI trabalhava em exclusivo para a estação de Queluz desde o ano de 2003. 
O caso está neste momento nas mãos da Polícia Judiciária e todos os cenários estão, até agora, em aberto, como informou ao PÚBLICO fonte do Comando Metropolitano de Lisboa daquela instituição. O jornal soube, por amigos do ator, que este poderá ter sofrido um ataque de epilepsia, não tendo conseguido pedir ajuda. A autópsia (1) deverá acontecer na segunda-feira.  
Nesta data, também, é provável que venha a ser marcada uma conferência de imprensa. A notícia foi confirmada pela diretora de Conteúdos e Marketing da TVI, Helena Forjaz. A responsável diz ter sido alertada por Rita Pereira. Colega e amiga próxima de Rodrigo Menezes, a atriz não conhece razões para a trágica ocorrência.  As autoridades estão no local a apurar as causas da morte.
                                                                                                                   Jornal Público 4/10/14
                                                                                                                          (Notícia adaptada)



                                                                              http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-o-actor-rodrigo-menezes-1671865#/0

 (1) Elipse "de Rodrigo Menezes"



Nota da autora do blogue 
É com o maior respeito pela infeliz ocorrência e pelo ator, que sempre admirei, que faço desta notícia texto e exemplo de mera gramaticalidade. A minha homenagem a Rodrigo Menezes, colhido na sua juventude, é nomeá-lo, aqui, 
onde se nomeiam as palavras e as coisas que elas nomeiam.

Verbos transitivo-predicativos - predicativo do complemento direto

VERBO transitivo-predicativo 

Diz-se do verbo que seleciona um complemento direto e um predicativo do complemento direto (é o caso do verbo achar na frase: Achei-a muito simpática.)


In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-10-04].




                                                                Complemento Direto                  Predicativo do Compl. Direto
Eu  acho  alguns locutores  muito vaidosos.

                        Sujeito                                           Predicado




O predicativo do complemento direto é a função sintática desempenhada pelo constituinte selecionado por um verbo transitivo-predicativo, que predica (1) (atribui) algo acerca do complemento direto. Na frase acima essa predicação (atribuição) é "muito vaidosos" que se aplica ao Complemento Direto "alguns locutores".   

Nota:

Assim como o complemento direto é selecionado pelo verbo (transitivo direto), são também «selecionados pelo verbo os predicadores secundários com a relação gramatical de predicativo do sujeito [quando tal verbo pertence à subclasse dos verbos copulativos] e de predicativo do complemento direto, quando o verbo pertence à subclasse dos verbos transitivo-predicativos ou quando se trata de construções resultativas» 

(Mira Mateus et aliiGramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 2003, p. 290).




                                                  CD                               Predicativo do CD         


                    . A Ana considera a mãe                             uma ótima cozinheira.
                    . O poeta julga-se                                        um visionário.

                    . O Jorge acha a Teresa                              bonita.
                    . Eu acho isto tudo                                      muito estranho.

                    . O professor nomeou-me                            seu assistente.                
                    . A Vera considera este filme                      sem interesse nenhum.

                    . Os portugueses elegeram Cavaco Silva   Presidente da República.               
       


Consideram-se verbos predicativos-copulativos os verbos: 


considerarjulgar, ver, achar, suspeitar, nomear, declarar, designar, 
eleger, fazer, julgar, supor, ter por, tornar, tratar, sonhar, imaginar




Nas frases que se seguem, as expressões em itálico "predicam" (proclamam, indicam, atribuem) algo que caracteriza as entidades presentes no complemento direto das frases (a negrito). 



Eu tenho o meu sócio por uma pessoa séria.

Ela sonha os filhos já crescidos.
Eu sonho o mundo melhor.
Já imagino a nossa vida mais estável.
O juíz declara o réu inocente





Um predicativo do complemento direto pode ser um grupo adjetival (a)  um grupo nominal (b) e (c) , um grupo preposicional (d) e (f) ou um grupo adverbial (e) conforme podemos verificar nas frases:



a) O zé considera o colega    distraído / incompetente / arrogante / mesquinho.

b)  ,,     ,,       ,,       ,,       ,,       um fardo / uma nulidade / um azarado / um cretino
c)  ,,     ,,       ,,       ,,       ,,       o chefe da turma / o líder do grupo / o seu melhor amigo
d)  ,,     ,,       ,,       ,,       ,,       em perigo / em crise / em maré de azar  / à margem do grupo
e)  ,,     ,,       ,,       ,,       ,,       bem relacionado, mal afamado, muito atrevido, mais esperto
f)   ,,     ,,       ,,       ,,       ,,       de rastos / de má-fé / com problemas / sem profissionalismo 



Exercícios

1. Ordene as palavras seguintes para construir frases corretas:

1.1 - execelente cientista  / acha  / Conselho científico / O / o meu filho / um  
1.2 - declarou / o concurso  / O / Diretor  /   inválido
1.3 - seu favorito /  O /   ator /  público / o / proclamou 
1.4 - inconstitucional / lei / A / Assembleia da República / decretou / a 
1.5 - jovens / imaginam  / Os / a vida / muito fácil
1.6 - tornam / as coisas / mais complicadas / Algumas pessoas 



(1) predicar | v. tr. e intr. | v. tr.

pre·di·car 
(latim praedico-areproclamarpublicarlouvarpregar)
verbo transitivo e intransitivo
1. Fazer prédica. = PREGAR
verbo transitivo

2. [Linguística Ter a função de predicado de um argumento.


"predicar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, 
http://www.priberam.pt/dlpo/predicar [consultado em 04-10-2014].


 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Funções sintáticas: o sujeito

Atente nos Grupos Nominais abaixo assinalados:


Todos são gente.  Ninguém é menos do que os outros. Eles e elas são iguais. Eu sou uma multidão. Somos unos.

Como identifica o sujeito de uma frase? Pergunte ao verbo: quem...?

Quem é gente? Todos.
Quem é menos do que os outros? Ninguém.
Quem é igual? Eles e elas.
Quem é uma multidão? Eu.
Quem é uno? Nós (subentende-se pela forma do verbo "somos", a 1ª pessoa do plural).   



O sujeito é o ser, a pessoa, o animal, a coisa, a situação, etc. sobre a qual se faz uma declaração: é o termo referente. 
Ciberdúvidas in: http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=8667




Variáveis a considerar para identificar e classificar o sujeito: 




- a realização lexical do sujeito: sujeito expresso / sujeito oculto / sujeito nulo
- o tipo de argumentos selecionado pelo verbo (alguns verbos não selecionam argumento externo sujeito) 
- a composição do GN com função do sujeito: simples e composto (ou coordenado)
- a possibilidade de o sujeito constituir um frase (O cão que fugiu do canil passou por mim.)
- a posição do sujeito na frase: antes do verbo ou depois do verbo




Exercícios

Recorde o que aprendeu em aulas anteriores sobre o sujeito, sobre o material lexical que o realiza e sobre a sua posição na frase. Responda às questões, assinalando a resposta adequada.


1. Na oração: "Recusa muita gente a verdade" o sujeito é
    
a) verdade;         b) muita gente;        c) recusa;       d) recusa a verdade       
   (Pergunte ao verbo: quem recusa a verdade?)
   
Nota: trata-se de um sujeito que está em posição pós-verbal.



2. O Sujeito composto está em:

a) Filha, minha filha, o que tens?
b) Os livros contemplei, os quadros e as outras obras de arte.
c) Vocês, pessoas de bem, confiam nos políticos.
d) Entraram o pai e o filho.

e) Ontem fez de rei, hoje faz de Bobo.


Nota: o sujeito composto refere duas ou mais entidades distintas e apresenta dois grupos nominais coordenadas por uma conjunção copulativa ou por vírgula.




3. A oração "Na feira, estavam muitas coisas à venda" 

a) tem um sujeito simples: "na feira"           b) tem um sujeito simples "muitas coisas";
c) tem um sujeito nulo expletivo.                 d) tem um sujeito composto "muitas coisas";
e) tem um sujeito indeterminado.


Nota: o sujeito simples é realizado apenas por um grupo nominal (no singular ou no plural). 



4.  No texto: "Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim."
(Augusto Gil)


 Que tipo de sujeito apresenta a frase "Batem leve, levemente"?


a) sujeito nulo subentendido "leve";                                 b) sujeito indeterminado;
c) sujeito nulo subentendido "eles";                                 d) sujeito composto;


Nota: O sujeito indeterminado pode ser identificado a partir da terceira pessoa do plural dos verbos, pela terceira pessoa do singular dos verbos seguida do pronome “se”, ou ainda pela terceira pessoa do singular sozinha.



5.  "Houve falhas nos concursos". Nesta frase o sujeito é: 

a) nulo expletivo;            b) indeterminado;           c) subentendido.         

Nota: ver, no ponto 12 deste exercício, a lista de verbos que não preenchem a posição de sujeito.

 

6.O Sujeito indeterminado está em: 

a) Vivo feliz.     b) Vive-se bem aqui.      c) Chove muito.      d) Fui à Europa.      e) Faz calor.


Nota: não confundir sujeito nulo indeterminado com sujeito nulo expletivo, que não tem qualquer espécie de realização na frase.


7.  Assinale as duas orações que têm sujeito nulo expletivo:

a) Desapareceu de sua casa uma menor de 5 anos.
b) Neste mês, faço 50 anos.
c) Choveu bastante hoje de manhã.

d) São já cinco horas.
e) Ninguém tem tanto dinheiro como ele.


Nota: o sujeito nulo não tem realização lexical e não está expresso na frase.

 


8. Em duas das orações abaixo o termo em itálico não é sujeito. Assinale-as.

a) "Deus sabe como os presos lá dentro viviam e comiam..."
b) "No quadro-negro, a professora escrevia o alfabeto."
c) "- Continua, Maria, acaba o que disseste.
d) "Vocês estão enganados."
e) "A escola, nós já a conhecemos bem."


Nota: não confundir o Grupo Nominal com função de sujeito com outros Grupos Nominais que tenham a função de vocativo ou de complemento direto.



09. Só uma das orações não tem sujeito posposto (depois do verbo). Assinale-a.

a) “Vislumbram-se daqui belas casas e jardins,”
b) Apenas entravam no condomínio os proprietários.

c) Chegaram já eles?
d) Vive alguém aqui?

e) Ninguém precisa de se preocupar.



10. Indique as alíneas das frases de 1 a 8 cujo sujeito também se encontre em posição pós-verbal.

_________________________________________________________________________

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11. Apenas uma das orações NÃO tem um verbo impessoal. Assinale-a.

a) Anoiteceu depressa.
b) Faz um tempo horrível.
c) Está um sol maravilhoso.
d) Está novamente com febre.
e) São cinco horas.
f) Há tempo para tudo.
g) Estão 23 graus.

Nota: os verbos impessoais não selecionam argumento externo, logo, não têm sujeito. 



12. Escreva frases sem sujeito a partir dos verbos que se seguem:

Faz...
Deve haver...
Eram...
Havia...
Chega de...
Houve...
Nevou...
São...
Há...

13. Só uma das opções NÃO apresenta um sujeito constituído por uma frase. Indique-a.

a) Algumas das pessoas que assistiam à cena estavam a fazer muito barulho.
b) As flores do jardim da minha melhor amiga são maravilhosas!
c) Que tu chegues atrasado é perfeitamente inadmissível.
d) A tal senhora de que te falei comparecerá à entrevista hoje à tarde.
e) O único comboio que está prestes a partir é o da linha 3.

Nota: se susbstituir as palavras que compõem o sujeito por um pronome ele / ela / eles / elas ou por isso verificará se a sua escolha foi acertada.



Exemplos para tirar dúvidas:

          . Quem vai ao mar perde o lugar. Ele/ela, aquele que for ao mar perde o lugar
          . Espanta-me que os alunos estudem tão pouco Isso espanta-me.
          . É verdade que o Benfica jogou mal. Isso é verdade.
          . Ela ter namorado deixa-me abismado. Isso deixa-me abismado
          . As minhas amigas que conheceste ontem, virão à minha festa. Elas virão à minha festa.



1. Sujeito nulo indeterminado
a) «[ ] Dizem que vai chover.»
b) «[ ] Diz-se que vai chover.»
2. Sujeito nulo subentendido
a) «[ ] Disseste que ia chover.»
b) «[ ] Dissemos que ia chover.»
3. Sujeito expresso (realização plena)
a) «Tu disseste que ia chover.»
b) «Nós dissemos que ia chover.»

4. Sujeito expresso indeterminado
a) «Alguém disse que ia chover.»
5. Sujeito expresso expletivo
a) «Ele chove que se farta.»
Em 1, o sujeito não é expresso nem pode ser determinado. Em 2, apesar de não ser expresso, subentende-se (pela concordância verbal): (a) «Tu disseste...», (b) «Nós dissemos...».
Em 3, 4 e 5, o sujeito é expresso (cf. sublinhados), mas nem sempre com o mesmo valor; em 3, tem realização plena (sintática e semanticamente), em 4, é indeterminado («alguém» – não podendo ser identificado), e em 5, apesar de expresso, «ele», preenche apenas uma posição sintática, não tendo qualquer valor semântico.
Finalmente, há orações que não têm sujeito: 

a) com verbos referentes a fenómenos ou situações da natureza: chover, nevar, trovejar, amanhecer, anoitecer, etc. 
Ex.: Ontem choveu muito. – oração sem sujeito. 
b) com o verbo haver na aceção de existir, combinado ou não com outro verbo. 
Ex.: Hoje não há aulas. – oração sem sujeito. 
Ontem houve uma serenata na minha rua. – oração sem sujeito. 
Devia haver mais cuidado com a exposição aos raios solares. – oração sem sujeito.

         Fonte: Ciberdúvidas em http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=30559 
         Acesso a 1 -10_14


Proposta de correção
1- b)  / 2-d) / 3-b) / 4-b) / 5-a) / 6-b) / 7-c) e d)
8- c)vocativo  e  e) complemento direto 9-e)
10- ponto 1; ponto 2-d; ponto 3; ponto 7-a); ponto 9 a), b) c) e d)
11- d) / 12- livre / 13-b)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Formação e Educação de Adultos na Escola Secundária Leal da Câmara


Cartaz sobre a diversidade, realizado por alunos do EFA B1 A de 2013/14


A qualificação profissional é, cada vez mais, uma forma de ligação mais firme ao mundo laboral. São exigidas competências comunicativas, literacia informacional, domínio das novas tecnologias, conhecimento de línguas e uma boa qualificação científica. Aprender a ler, escrever e contar, ou completar o 1º ciclo, o 2º ciclo , o 3º ou o secundário é abraçar o a autonomia, o conhecimento, a evolução e o enriquecimento pessoal.

Pensando nos muitos jovens e adultos que não completaram um dos ciclos de ensino na idade convencional, ou nos cidadãos de outros países que precisam de adquirir habilitações para aprender português ou para efeitos da obtenção da nacionalidade portuguesa, a ESLC dispõe da oferta formativa que se segue:

EFA B2 Escolar – certificação do 2º ciclo do Ensino Básico (6º Ano)
EFA NS – Escolar – certificação do Ensino Secundário (nível 3 de qualificação)
Ensino Secundário Recorrente:

     Ciências e Tecnologias  – 10º, 11º e 12º Anos
     Línguas e Humanidades  – 10º, 11º e 12º Ano

Português para estrangeiros:

      PPT – Português Para Todos :    

 MATRÍCULAS:

Secretaria da Escola Secundária Leal da Câmara
Dias úteis das 18:30 às 20:00
    Rua Pedro Nunes, nº 1 – 1º A
    2635 – 217 – Rio de Mouro
    T. 219 169 310

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Novo advérbio

Leia o poema e responda ao questionário abaixo.



'Metaphorical journey', pintura de Vladimir Kush



Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
A maneira mais triste de se estar contente
a de estar mais sozinho em meio de mais gente
de mais tarde saber alguma coisa antecipadamente
Emotiva atitude de quem age friamente
inalterável forma de se ser sempre diferente
maneira mais complexa de viver mais simplesmente
de ser-se o mesmo sempre e ser surpreendente
de estar num sítio tanto mais se mais ausente
e mais ausente estar se mais presente
de mais perto se estar se mais distante
de sentir mais o frio em tempo quente
O modo mais saudável de se estar doente
de se ser verdadeiro e revelar-se que se mente
de mentir muito verdadeiramente
de dizer a verdade falsamente
de se mostrar profundo superficialmente
de ser-se o mais real sendo aparente
de menos agredir mais agressivamente
de ser-se singular se mais corrente
e mais contraditório quanto mais coerente
A via enviesada para ir-se em frente
a treda actuação de quem actua lealmente
e é tão impassível como comovente
O modo mais precário de ser mais permanente
de tentar tanto mais quanto menos se tente
de ser pacífico e ao mesmo tempo combatente
de estar mais no passado se mais no presente
de não se ter ninguém e ter em cada homem um parente
de ser tão insensível como quem mais sente
de melhor se curvar se altivamente
de perder a cabeça mas serenamente
de tudo perdoar e todos justiçar dente por dente
de tanto desistir e de ser tão constante
de articular melhor sendo menos fluente
e fazer maior mal quando se está mais inocente
É sob aspecto frágil revelar-se resistente
é para interessar-se ser indiferente
Quando helena recusa é que consente
se tão pouco perdoa é por ser indulgente
baixa os olhos se quer ser insolente
Ninguém é tão inconscientemente consciente
tão inconsequentemente consequente
Se em tantos dons abunda é por ser indigente
e só convence assim por não ser muito convincente
e melhor fundamenta o mais insubsistente
Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
O mar a terra o fumo a pedra simultaneamente


Ruy Belo


(Obrigada ao leitor anónimo que me indicou o nome do autor do poema)


Questionário



1. Sublinhe no texto todos os advérbios de modo.

2. Indique qual deles é o novo advérbio.

3. Explique como é que o sujeito poético define esse novo advérbio.

4. Apresente alguns pares de opostos usados pelo autor, nas   múltiplas antíteses presentes no texto.
   Ex.: triste / contente

5. Refira o valor expressivo destas antíteses na definição do estado de espírito referente ao "helenamente".

6. Apoiando-se no texto e na pintura de Kush (acima) explique como é estar / ser / viver "helenamente".

7. Considerando a expressão de sentimentos, invente um novo advérbio que exprima outros sentimentos.


sábado, 25 de janeiro de 2014

A viagem de Vasco da Gama



Recurso para os alunos do 9º ano: animação que mostra a viagem de Vasco da Gama narrada por Camões. Clica na imagem e instala-te. Passagem obrigatória no Olimpo.


Scratch Project

Guião de exploração do recurso:

1. Regista no teu caderno diário as várias etapas da viagem.
2. Indica qual era o objetivo da viagem. 
3. Reparte as personagens pelos dois grupos: mitológicas e históricas.
4. Nomeia os oponentes ao sucesso da viagem de Vasco da Gama.
5. Apresenta os seus argumentos.
6. Nomeia os coadjuvantes, as personagens que são favoráveis ao sucesso da viagem.
7. Refere os seus argumentos.